terça-feira, 28 de maio de 2013

Oxalá! 2013 possa ser de políticas públicas para igualdade

Oxalá! 2013 possa ser de políticas públicas para igualdade
Gildo Alves Bezerra
Este ano fez dez anos de aprovação de uma lei fundamental para, O movimento Negro, na busca pela igualdade social. Então, devemos repensar as noções de Cultura, Democracia e Estado numa percepção das relações entre texto e contexto: da lei 10. 639/2003; do processo de conhecimento, reconhecimento e valorização da diversidade Étnica e Racial Brasileira como princípios teóricos e práticos na construção da nossa Memória Coletiva.
Em um cenário de ampliação dos conceitos de história, Memória, Cultura, Patrimônio Cultural. Ainda, Percebe-se que a obra de 2006, “Monumentos Sergipanos”, encontra-se numa visão da história cultural clássica. E mais, observa-se o quanto a implantação da educação na perspectiva das relações Étnico-Racial torna-se urgente para que se percebam mudanças na divulgação e produção de conhecimento, bem como de atitudes, posturas e valores na educação de cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial o que os torna capazes de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam a todos, respeito aos direitos legais e valorização de identidade, na busca da consolidação de uma verdadeira democracia brasileira.
Então, O Estado Democrático de Direito deve ser respeitado não só em teoria, mas também na prática em especial na Educação devemos seguir o que diz a LDB: “art. 26-A. Nos estabelecimento de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História da África e Cultura Afro-Brasileira”. E essa temática será ministrada no âmbito de todo o currículo escolar...
Mas, “as leis não nascem das flores”! Faz mister perceber “A Cultura e Currículo como Relações de Poder” e mais entender que “Os diferentes grupos sociais não estão situados de forma simétrica relativamente ao processo de produção de sentido. Há um vínculo estreito e inseparável entre significado e relações de poder”. Então, A luta pela efetivação e respeito ao Estado Democrático de Direito deverá ser o cenário principal para o Movimento Negro Brasileiro, em especial Sergipano.
Logo, o art. 4º da lei 5.497/2004, de autoria da dep. Ana Lucia, apresenta “os mecanismos que deverão ser adotados pelo Poder Público para a garantia de : Formação continuada dos profissionais da educação, aquisição de acervo bibliográfico, elaboração, incentivo e publicação de pesquisas e estudos sobre a temática, definição dos conteúdos, carga horária e metodologia (seminários, simpósios, palestras, aulas expositivas e outros)”. Mas, o cenário que vivenciamos na educação sergipana,em especial na laranjeirense é de desrespeito ao Estado Democrático de direito também neste aspecto.
Mesmo, após o Conselho Nacional de Educação ter aprovado o Parecer CNE/CP 3/2004, que institui as Diretrizes Curriculares para a educação das Relações Étnico-Raciais e o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileiras e Africanas a serem executadas pelos estabelecimentos de ensino de diferentes níveis e modalidade e dizendo que cabe aos sistemas de ensino no âmbito de sua jurisdição, orientar e promover a formação de professores e professoras e supervisionar o cumprimento das Diretrizes. Não é isso que estamos vendo ser realizado na educação sergipana e em particular de Laranjeiras. Oxalá! O Cenário de negação de direitos em Laranjeiras possa ser coisa do passado.

O Mundo que se dane.


O EGOCÊNTRICO

Primeiro levaram os negros

Mas não me importei com isso

Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários

Mas não me importei com isso

Eu também não operário

Depois prenderam os miseráveis

Mas não me importei com isso

Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados

Mas como tenho meu emprego

Também não me importei

Agora estão me levando

Mas já é tarde.

Como eu não me importei com ninguém

Ninguém se importa comigo. (Bertold Brecht)

sábado, 25 de maio de 2013

Escola do Cuspe e Giz que os novatos enfrentam! É mole ou quer mais...


Essa é a condição de algumas escolas de Laranjeiras
Abaixo a hipocrisia
Gildo Alves Bezerra

Hoje é dia
De saber quem defende você no dia-a-dia
Quem sonha em se aliar com a burguesia.
Jamais questiona a oligarquia.
        Tenta esquecer a função da memória coletiva.
        Retrata o Negro e o índio sempre na voz passiva.
       Movimentos populares: Zumbi dos palmares, Mestre-sala dos Mares,
       História da África, Cultura Afro-brasileira e indígena, as revoltas populares...
       Ficam fora dos bancos escolares.
Por que não discutir o preconceito, racismo, a discriminação racial?
Perceber que existe aqui muita desigualdade social
E que necessitamos de políticas públicas, políticas educacionais que assegurem eficácia ao princípio da igualdade racial.
       Nossas escolas não podem estar maltratas abandonadas, com fossas estouradas.
       Sem uma digna sala de leitura com acervo variado
       Vendo todo o patrimônio cultural de negros e índios
       A disposição para ser pesquisados: Livros, filmes etc.
      O acesso ao computador não pode ser apenas para o filho doutor!
      Que para o cargo comissionado te nomeou.
      “quanto vale ou é por quilo?”,” retrado em branco e preto”, “Vista a minha pele”,
      Por que ainda não temos acesso ao Livro “discriminação racial nas escolas- entre a lei e as práticas sociais”?
     Para combater a discriminação devemos promover a igualdade.
Mas, fica difícil com muitas escolas que temos do cuspe e giz.
Professor desvalorizado.



     

quarta-feira, 22 de maio de 2013

CAMINHOS INfinito


                                                        Caminhos Infinito
Gildo Alves Bezerra
O vento sem barreiras.
O rio seguindo seu curso normal.
É gente e também animal.
É viagem sem fim pra terra do sem fim.
É estrada que pode ser sem rumo sem norte.
É arte de toda parte
De um artista da liberdade
Que joga as tintas na parede da vida
A própria sorte.
        Na vida é gado na terra sem porteiras.
        Também são cantos de passarinho
        Sem partituras
        Sem censuras.
É a beleza da luz do sol sem pedir passagem
A iluminar rosas e cravos
 Vocês tem a liberdade de escolha
Mas, a beleza deles pra mim só quando são vermelhos...
Vermelho da paixão
De um casal enamorados.
          O sentido é o conjunto de teoria e prática
         Vejo a criança construindo a liberdade
         Nas janelas do mundo da leitura.
E adultos carrancudos na prisão da hipocrisia.
Mas, a justiça e igualdade é água morro abaixo.
No jardim da esperança amanhecerá um dia.

domingo, 19 de maio de 2013

Racismo institucional em Laranjeiras?


Laranjeiras (2003-2013): Mais dez anos de racismo?

Gildo Alves Bezerra

       As leis federais nº. 10.639/2003 e 11.645/2008, que alteram a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), projetam um empreendimento grandioso. Sua dimensão não é dada pelos números que conformam o sistema educacional brasileiro, mas pela natureza do desafio: Alterar visões de mundo, redimensionar a memória coletiva, criticar mitos, enfrentar preconceitos e educar assegurando o princípio da igualdade racial.
      Percebemos ser fundamental a discussão apresentada no livro “Discriminação Racial nas Escolas - Entre a Lei e as Práticas Sociais”. Este livro demonstra que a discriminação racial na educação não acontece na relação entre professor versus aluno. Mas, entre o Estado e uma parcela significativa da população brasileira.  Ressalta que tão ou mais importante do que punir comportamentos individuais, necessitamos de políticas públicas, políticas educacionais que assegurem eficácia ao princípio da igualdade racial.
      Entretanto, o alcance do escopo das leis exige, como se vê, o domínio tanto dos saberes acadêmicos necessários à compreensão dos processos históricos africanos e indígenas quanto sobre as formas de se criticar a tradição. Ele requer, portanto, que os profissionais da educação dominem tanto os saberes específicos de suas disciplinas quanto o arcabouço teórico e metodológico que permite utilizá-los com vistas à oferta de uma educação inclusiva. Ele exige, sobretudo, de professores, técnicos e gestores as
competências necessárias para o enfrentamento das questões que subjazem ao proposto pela lei: o enfrentamento do preconceito e de seus desdobramentos nocivos na formação de crianças e adolescentes, por meio da construção de uma nova forma de se pensar a formação da nação e da nacionalidade.
      Percebemos ser fundamental a implementação de políticas públicas, políticas educacionais que assegurem eficácia ao princípio da igualdade racial. A negação desse pressuposto só confirma a existência de um racismo institucional ainda presente em nosso município. Quais são as políticas públicas que a prefeitura de Laranjeiras desenvolve para promoção da igualdade racial? Com relação à educação a LDB diz que se trona obrigatório à inclusão do ensino de História da África e Cultura Afro-brasileira e indígena em todas as escolas do ensino básico pública e particular de todo o país. Em que a cidade de Laranjeiras avançou para a efetivação desta política de Estado? Qual foi a formação continuada disponibilizada aos educadores na étnico-racial objetivando uma educação para diversidade e igualdade racial?