Dores
do Magistério
Gildo
Alves Bezerra
Não vou falar de dor só porque quero
Ou sinto só.
Mas, irei falar das dores do Magistério.
Não existe mistério.
Existem dores que são peculiares ao magistério.
Muitos tentam negar.
Mas, tem dor que a nós é peculiar.
A sensação de sofrimento, decorrente de lesão.
É comum a outros trabalhadores
Também por falta das condições de trabalho.
Mas, as dores ao escrever no “quadro negro”.
Somente aos educadores são peculiares.
Acredito
que você pode perceber
No mundo
que nos circunda – o mundo do trabalho.
E que
também até agora não me atrapalho,
No que
quero dizer.
Oxalá! Também você poça perceber
Que não falo só por mim.
Mas, por nós.
Sou e uso essa ferramenta como nossa voz.
Não existirá dor maior do que a perda de nossa voz.
Alguém pode dizer também tem outros
profissionais
Que tem nó nas cordas vocais.
Mas, é bom esclarecer de onde falo
Não calo outro trabalhadores
Pois, não me vejo apenas como categoria
O bom sempre foi se perceber enquanto classe social.
As dores dos trabalhadores são sem igual
De um modelo econômico que prima pela
injustiça social.
Afinal, “A história de todas as sociedades que existiram
Até nossos dias tem sido a história das lutas de classes”.
Os poetas Mauro e Paulo Sérgio Pinheiro
Disseram no “canto das três raças”
E a cantora magnânima Clara Nunes entoou
Um cantar de dor
Do índio, Negro e trabalhador.
Mas, mesmo
sabendo que o contexto mudou
Só a luta transforma a vida do índio, negro e trabalhador
Para que possamos cantar e entoar
Cantos de alegria, liberdade...
Em nome de nossa ancestralidade
Nosso canto de liberdade
Não pode destoar
Do que nos
ensinou o nosso pensador
Que vivenciou a dor do trabalhador.
Afinal, “ A história de todas as sociedades que
existiram
Até nossos dias tem sido a história das lutas de
classes”.
Mas, seria bom entender
que as dores do educador.
Pouco interessa a
elite,
Da casa-grande que
sempre representou
Neste cenário o papel
de opressor.
Do índio, negro e trabalhador
Na história das lutas de classes
Não dar para nos iludir
E construir alianças
Com quem sempre estar anos excluir.
Aos índios, negros e trabalhador
Cabe descobrir qual é nosso papel neste cenário-
De dor.
Relicário da memória coletiva.
O índio e o negro lamentam
Mas, não choram
Cantam, dançam suas memórias
Fora das escolas!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Mas, Lutam
pelo direito Á memória
E dizem que a
resistência nos revigora
E transforma
a História.