quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Dois pontos fundamentais para democratizar nossa democracia.


Sem orçamento, política pública é mera intenção

    O Estatuto da Igualdade Racial prevê que os orçamentos da União, Estados, Distrito Federal e municípios devem separar recursos para os programas e ações de promoção da igualdade.
     Trata-se de uma regra da maior importância porque política pública não pode ser reduzida
a declarações nem aprovação de leis. A execução da política pública requer formulação, planejamento, execução e monitoramento.
     Este dispositivo do Estatuto tem dois endereços:
1. Ao planejar políticas públicas, em qualquer área de atuação, o gestor tem obrigação de destinar parte dos recursos à promoção da igualdade racial;
2. As organizações sociais têm a obrigação de acompanhar os debates sobre planos plurianuais, leis de diretrizes orçamentárias e leis orçamentárias anuais, visando assegurar a inclusão de programas de promoção da igualdade.
      Sem previsão de recursos financeiros que deem suporte à política pública, ela fica limitada à intenção e o segmento interessado fica na dependência da boa vontade do gestor público.
      Tem mais: não basta previsão orçamentária; é preciso também acompanhar a execução do orçamento e estabelecer metas e objetivos que permitam monitorar a ação do Poder Público. Somente assim o Estatuto da Igualdade Racial terá eficácia no cotidiano dos brasileiros.
Educação igualitária
    A promoção da igualdade racial na educação escolar tem dois pilares principais; na educação básica (infantil, fundamental e médio), o projeto pedagógico deve valorizar a diversidade étnico-racial e tratar com igualdade a herança civilizatória, a história e cultura negras.
    No acesso à educação superior, o Estatuto reafirma a importância da adoção de programas de inclusão de jovens negros, a exemplo do ProUni - Programa Universidade para Todos e das medidas adotadas em dezenas de universidades e faculdades brasileiras.
    A formação docente deve ser orientada por princípios de igualdade, tolerância e respeito à diversidade étnico-racial.
    Ao Estado, cabe produzir materiais didático-escolares, subsidiar a formação inicial e continuada de professores, financiar estudos e pesquisas e orientar os sistemas de ensino na implementação de políticas educacionais igualitárias.
     Está previsto ainda o apoio a ações educacionais desenvolvidas por entidades da sociedade civil, bem como a participação de pesquisadores e representantes do Movimento Negro nos fóruns de deliberação da política educacional.
     À educação igualitária, cabe contribuir para a formação de cidadãos que valorem positivamente a diversidade humana e assumam a igualdade racial como um ideário ético e social.

Fonte: Cartilha do CEERT Sobre o Estatuto da Igualdade Racial.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Quem exclui e quem é excluido?


A Tríade da Exclusão

Gildo Alves Bezerra

Nosso guerreiro de luta

Nos convidou para reflexão

Sobre a educação.

                           Ele diz que a elite

                           Deseja que a escola seja pobre;

                           Para pobre e que o professor (a) deve ser pobre.

Essa é santíssima trindade

Defendida pela classe dominante.

               A res não é pública

               Sempre foi para a oligarquia

               E para os militares

               Para combater as revoltas populares.

A oligarquia que exclui

As camadas populares.

                                 A aliança da burguesia

                                 Com as altas patentes militares

                                 Essa é a história do Brasil.

Nossa história é a elite sufocando os gritos dos excluídos

Com violências

Mas, quando o povo se organiza

A elite ainda os chama de bandidos!

               Res é privada até no direito a memória

               A elite exclui o Negro e o Índio

               Do direito a sua História.

domingo, 24 de novembro de 2013

Quem são as senhoras que lutam?


Senhoras na Luta

Gildo Alves Bezerra

Que bom é conviver com elas

São as mulheres na luta

No palco na luta

Senhoras na labutas.

               Nos ensinando a ser sujeitos

               A dizer em meu destino ninguém vai mudar

               A querer transformar a sociedade injusta

               Em uma sociedade justa e igualitária.

Ah! No palco na luta

Só há mulheres? Alguém pode dizer

Então, vamos responder. Mas, é a maioria

E em conjunto com os homens estão a demonstrar que o melhor é a democracia

Participativa.

                     Renderemos loas a elas

                     Enquanto cantigas populares

                     Por deixarem seus lares

                     E nos demonstrar que só se faz sujeito na luta.

São educadoras

Nossas professoras

Que labutam, lutam contra as injustiças do dia-a-dia

Onde são as maiores vítimas.

                              Mas, não se abatem

                              Correm atrás

                              Nos apresentam os sinais

                              Nas feições faciais

                           Os sofrimentos causados pelas injustiças sociais.

Nos apresentam os sinais

A mão esquerda em punho se levanta

E a bandeira da educação pública está a tremular

E nossos corações também a vibrar

Contra mais uma injustiça nós vamos lutar.    

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Diga com quem andas que te direi que és.


Sintesianos

Gildo Alves Bezerra

Hoje o Sintese saiu

Procurando dizer

Lute, lute...

              Todos somos artistas

               Na luta pela transforAÇÂO

               Da sociedade.

 Onde existir injustiça, opressão etc.

Levaremos a solidariedade da luta,

Aos trabalhadores.

 Somos sintesiANOS

SintesiANAS

Lutaremos anos se for preciso

Nossa luta é lutar.

SINTESE.

               A tese é lutar pela educação pública de qualidade social,

               Pelas políticas públicas de forma geral.

São senhoras na luta

Nos ensinando a ser sujeitos

A dizer em meu destino ninguém vai mandar

A querer transformar a sociedade  injusta

Em sociedade justa e igualitária.

                                           Seja em Laranjeiras, Maruim...

                                           Em Rosário... onde existir calvário

                                           A luta não tem fim.

Sintese nossa vida é lutar

Pela gestão democrática

Pelo fim da opressão

Pela formação continuada,  pela valorização profissional...

Pela educação pública.

                                     São professoras sim

                                     Tia não

                                     São educadoras

                                    Nossas professoras,

                                     Que labutam, lutam contra as injustiças.

Somos aqueles (as) das aulas de cidadania no dia-a-dia

Sintesianos, sintesianas nossa vida é lutar,

Pela educação pública de qualidade social

Fundamental para classe trabalhadora.

                   A base é a valorização profissional:

                   Com formação continuada,

                   Piso salarial nacional do magistério,

                   Melhores condições de trabalho etc.

Por uma “ESCOLA DEMOCRÁTICA E POPULAR”

 Para democratizar nossa democracia

Para nosso país não ser apenas uma República para a oligarquia civil e militar. 

                                    

domingo, 10 de novembro de 2013

Reflexão sobre o Brasil e o lugar do Negro e índio?


Canto Das Três Raças


Ninguém ouviu um soluçar de dor
No canto do Brasil.
Um lamento triste sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro e de lá cantou.

Negro entoou um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares, onde se refugiou.
Fora a luta dos inconfidentes
Pela quebra das correntes.
Nada adiantou.

E de guerra em paz, de paz em guerra,
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar,
Canta de dor.

E ecoa noite e dia: é ensurdecedor.
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador...
Esse canto que devia ser um canto de alegria
Soa apenas como um soluçar de dor