domingo, 4 de fevereiro de 2018

Para que os oprimidos possam sonhar

Sonhos de um oprimido
Gildo Alves Bezerra

Sonho com um Jardim Colorido
Mas, que predominem as Rosas e cravos vermelhos.
Que as abelhas e os pássaros dele possam retirar seus alimentos.
    Que em cada canto e recanto deste país
    Sejamos eternos aprendiz
    Para a libertação de jardineiros,
    Copeiros, pedreiros, marisqueiras... negras e índios.
Que nossos cantos não sejam cantos de lamentos
Sabia o tempo e contratempo
Para que em um palco iluminado de estrelas
Possamos cantar
Não mais cantos de lamentos
Mas, de sinais do caminhar para nos libertar.
        Que o nosso timbre seja de homens e mulheres:
        dos campos, das cidades e florestas.
        Que a beleza do jardim possa se irradiar
        E ocupar os bancos das escolas e principalmente das universidades públicas.
        Para mudar a sociedade e acabar com qualquer forma de exclusão.
A verticalidade e seletividade transformem-se em ruínas
E que nos lugares mais inóspitos:
No planalto, nos parlamentos, nas catacumbas da justiças
O brilho dos cravos e rosas vermelhas possamos florescer.

         Não mais apenas padecer.

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