Sonhos
de um oprimido
Gildo Alves Bezerra
Sonho com um Jardim Colorido
Mas, que predominem as Rosas e cravos vermelhos.
Que as abelhas e os pássaros dele possam retirar
seus alimentos.
Que em
cada canto e recanto deste país
Sejamos
eternos aprendiz
Para a
libertação de jardineiros,
Copeiros,
pedreiros, marisqueiras... negras e índios.
Que nossos cantos não sejam cantos de lamentos
Sabia o tempo e contratempo
Para que em um palco iluminado de estrelas
Possamos cantar
Não mais cantos de lamentos
Mas, de sinais do caminhar para nos libertar.
Que o
nosso timbre seja de homens e mulheres:
dos
campos, das cidades e florestas.
Que a
beleza do jardim possa se irradiar
E
ocupar os bancos das escolas e principalmente das universidades públicas.
Para
mudar a sociedade e acabar com qualquer forma de exclusão.
A verticalidade e seletividade transformem-se em ruínas
E que nos lugares mais inóspitos:
No planalto, nos parlamentos, nas catacumbas da
justiças
O brilho dos cravos e rosas vermelhas possamos florescer.
Não
mais apenas padecer.
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