domingo, 27 de maio de 2012

Malungos

Malungos

Gildo Alves Bezerra

Não somos mais o companheiro
Durante a desafortunada  viagem
Dos navios negreiros.

O momento é outro
Mas, precisamos nos sentir
Como malungos.
Os mares são outros
Mais a tormenta da exclusão social, da desigualdade,
Da injustiça continua.

O  tumbeiro do momento é o deus mercado
Fragmentando as identidades do indivíduo e da nação
Visando o controle da consciência coletiva.

O indivíduo sozinho pouco
Representa em termos de exigir mudanças sociais.
Perdem-se as esperanças e o entusiasmo para ações coletivas.*

O deus mercado
Desqualifica todo o processo
De agrupamento social
Com propósito transformador.

Temos que perceber quem é que deseja ser o timoneiro
Do navio tumbeiro
Do deus mercado.

Aos sem-história e identidade resta comprar
O indivíduo sem identidade é um perdido
Ele não formará fileiras
Não ameaça o status quo. *

Voltemos ao passado
Para sermos companheiros
Malungos
Em defesa da igualdade e
da justiça social.

Em um céu todo estrelado
De sonhos, de alegrias
A partir da construção coletiva
Da socialização da produção econômica , política, social etc.

* Ver-Cuti.

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