sábado, 9 de junho de 2012

Direito a memória

Direito a memória
Gildo Alves Bezerra

Se não sei quem sou
Dificilmente saberei onde quero chegar
Não posso dizer que quero um país mais justo!!!!
A não ser se defendo a continuidade da desigualdade e da injustiça social.

O direito a memória torna-se vital.
Entretanto, Não se deve achar que a justiça é neutra.
A luta é pela implementação de uma pedagogia do oprimido: Abaixo ao eurocentrismo.

Abaixo o cinismo de dizer que vivemos em uma democracia racial
e também se dizer que temos justiça social
Nosso mito fundador é da exclusão social: do Índio e do Negro.
Entre a cruz e a espada tudo se passou
Abaixo do equador
Que o diga nosso povo sofredor
Que uma elite latifundiaria por muito tempo escravizou.

Depois das pinceladas da liberdade.
Prevaleceu a teoria do branqueamento
Negro do passado
Nem trabalhador assalariado
Podia ser.

Volta o eurocentrismo
O Branco europeu
e asitaticos serão os trabalhadores
Então, brincamos de liberdade
Nas Favelas das cidades
Ao som parcial da liberdade
Reforca-se o som da identidade
O samba
O samba de quem samba na vida
Mas, canta seus amores,
também os dessabores:
dos amores ingratos,
insensatos, mau resolvidos...
Mas, dos batuques do tambores
Trazem seus laridos

Traduzidos
"Liberdade, liberdade abra as asas sobre nós
e que a voz da igualdade seja feita a nossa voz"
Em cantos de pesar ao denunciar
e destemidos ao reivindicar
Dando continuidade a resistência
como nossa essêcia
O direito a memória é nosso caminhar
O índio e negro tem História que nas escolas
nós queremos ver entoar.
Ao se ensinar seguindo o Estado democratico de direito
criará outro jeito
da sociedade se organizar
Para  por fim a desigualdade e a exclusão social.

Avança-se no direito contra o preconceito racial
Mas, na pratica consolida-se o racismo institucional




















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