quarta-feira, 31 de julho de 2013

A Política só faz bem. Quando os políticos defendem as políticas públicas.


 

 

 

 

Revista Paulo Freire: julho e a reinvenção da política

Autor // sintese

Revista Paulo Freire 25

Os meses de junho e julho foram marcados por centenas de manifestações de rua em capitais e cidades do interior do Brasil. Em todos os lugares, a juventude e os trabalhadores deram um belo exemplo de que o Brasil é, sim, um país com muita luta social. Nas reivindicações, uma série de temas, desde pautas trabalhistas históricas – como a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salário – até questões atuais ligadas aos direitos humanos.

            Mas, certamente, uma pauta que as mobilizações de rua recolocaram na agenda pública foi a Reforma Política. Críticas ao financiamento privado de campanhas, à pouca participação social nas definições de interesse do país e ao mal uso dos recursos públicos estiveram pulsantes nos atos públicos nos quatro cantos do país. Nas redes e nas ruas, a juventude reivindicou e continua a reivindicar uma nova forma de pensar e de fazer política.

            Em sintonia com esse momento histórico que atravessa o país, a Revista Paulo Freire, em sua edição 25, convida os seus leitores a uma discussão sobre a Reforma Política, por entender que esse é um tema fundamental para “democratizar a nossa democracia”, como diria Boaventura de Sousa Santos.
Para entendermos melhor o complexo tema da Reforma Política, as inúmeras propostas existentes e as distintas visões que estão em jogo, esta edição traz uma entrevista exclusiva com José Moroni, membro da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político. Reunindo uma série de entidades da sociedade civil, desde 2004 a Plataforma busca pautar junto à população a necessidade de uma reforma ampla que garanta maior participação popular na política nacional.

            Na entrevista, Moroni enfatiza que é o poder econômico – por meio do financiamento das campanhas - que define os rumos do país. “Este poder todo é construído e alimentado pelo sistema de financiamento das campanhas que temos que permite o financiamento das empresas. As empresas “oferecem” hoje para ganhar em dobro amanhã”, critica. Para ele, uma reforma política deve ir além de questões eleitorais. “O poder não pode ser fonte de privilégios sejam pessoais ou para determinados grupos. Precisamos construir o poder popular”, ressalta.

            Logo após a entrevista, um artigo da professora da Universidade Federal da Bahia, Mariângela Nascimento, também trata sobre a relação das manifestações de rua com a Reforma Política. Segundo a professora, as mobilizações evidenciaram, acima de tudo, a crise das instituições da democracia representativa. Ela acredita que é essencial a reinvenção da política e que esse é “o momento para criar outro modo de pensar e fazer política, em que a política não se constitua em mera atividade administrativa do Estado, mas seja derivada das ações compartilhadas de cidadãos inseridos numa realidade dialógica e plural, na qual a liberdade seja a razão da política”.

            A conexão entre reforma política e democratização dos meios de comunicação também é destaque nesta edição da Revista Paulo Freire. Em dois artigos – um do sociólogo e professor, Venício Lima, e outro de Pedro Ekman, do Intervozes – é afirmado que, assim como na política, a população brasileira não se vê mais representada nos meios de comunicação, sendo a democratização da mídia o único caminho para a ampliação da diversidade de vozes e do pluralismo de ideias no rádio e na televisão.

            Em diferentes textos, a edição 25 aborda ainda os seguintes temas: a relação entre juventude e cultura; e a importância da questão de gênero na linguagem. Na seção “Projetos que dão certo”, é relatada a experiência do projeto “Literatura de Cordel em sala de aula”, desenvolvido na Escola Professora Maria Fidelis Costa, no município de Maruim, interior sergipano.


Boa leitura!
Ângela Melo
Presidenta do Sintese

 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Transporte público? E a situação dos trabalhadores?


                                      De liminar em liminar                 

Gildo Alves Bezerra

Injustiça

É o que há!

O transporte deveria ser público, coletivo.

                                                  Não a privatização.

                                                  A exploração

                                                  Do dito empresário,

                                                  Patrão.

O transporte coletivo

É público?

Por que a exploração

Dos funcionários, que não tem direito nem as seus salários

E demais trabalhadores, que observam o aumento dos preços

Com indícios de fraudes nas planilhas.

Tudo isso, a Injustiça cega em sua redoma e surda

Não escuta as vozes das ruas

E percebe que são injustos os aumentos e também são ilegítimos

Mas, eles não andam de “carroças lotação”.

Eles não sentem na pele o descaso do transporte coletivo.

Que deveria ser público!

                                     Por que defendem a ilegalidade

                                     Da falta de licitação, do transporte coletivo?

Isso é justo? Que princípio de justiça que há?

 Sem a licitação do transporte público e que também deveria ser coletivo!

            Quem são eles? Os senhores dos desatinos, juízes dos nossos destinos! Como é fácil a fábrica de liminar! Quando eles não sentem na pele a injustiça da ausência das políticas públicas! Será que tudo é mercadoria?

 

sábado, 13 de julho de 2013

Nord(este) ou faroeste?

Nord(este)
Gildo Alves Bezerra

Lorde pode rimar nord?
Este pode rimar com faroeste?
Também com cabra da peste?
Não pode ser apenas a forma
Em detrimento do conteúdo.
                             Depois de tudo
                             Então, qual é a nobreza
                             Que existe no patriarcalismo?
O latifundiário é uma das origens
Da nossa exclusão social.
Nossa aliança é entre o camponês e operário.
E bom a gente perceber
Que o latifundiário é o agente das exclusões:
No funeral do lavrador,
Cabra marcado para morrer etc.
         Jamais devemos esquecer
         Que a aliança é entre – o camponês e o operário.
         A propriedade da terra é a primeira forma de exclusão,
         O burguês faz a concentração
         Dos meios de produção.
                                              Mas, também temos os latifundiários
                                              Dos meios de comunicação.
Por isso, não percebemos
Nenhuma contradição
Na luta para por fim
A concentração de terras, dos meios de produção
E meios de comunicação.
           Percebemos a partir das “condições sociais da arte”
           Dar pra ver que os meios de comunicação
           Parte para ressaltar a visão naturalista do nord(este).
           Ai, a seca seria a causa
           Da miséria e exclusão
           Do povo nor(destino).
Como as formas da vida social, como o direito e a política,
 A religião, a filosofia e a própria arte.
 Tudo isso, se relacionam com a infra-estrutura econômica
 Através do papel que as classes antagônicas
 Desempenham no processo de produção.
                        Nos cabe a seguinte reflexão.
                        Como tudo isso aparece
                        Nos meios de comunicação?
Numa aliança entre os meios de comunicação e judiciário-
Por que os movimentos sindicais e sociais
São criminalizados?
                             Quando estão organizados
                             São apenas retratados
                             Com uma forma e conteúdo
                             Negativados.
 Por tudo isso, não percebemos nenhuma contradição
 Na luta para por fim:
A concentração de terras,
Dos meios de produção e os
Meios de comunicação.
                                   Então, Nossa aliança é entre
                                   O  camponês e operário.
                                   E democratização dos meios de comunicação
                                   Também faz parte dessa condição.
Não é a seca
E sim a cerca
Que nos leva a exclusão.
Não é hora também de se perceber
Que existe também a cerca na falta democratização do judiciário
E dos meios de comunicação?
                                               Plebiscitos já
                                               Para democratizar
                                              Plebiscitos da: reforma política,
                                              Reforma do judiciário,
                                              Democratização dos meios de comunicação,
                                              Da reforma agrária e reforma tributária.                             
.A juventude nos diz “ o povo não é bobo
Abaixo a rede globo”,
“ a realidade é dura
A rede globo apoiou a ditadura”.
                                                 Nos diz um intelectual “ o passado tem relação ativa
                                                 Com o presente”.
                                                 No passado quando o povo se organizou
                                                A ditadura civil e militar
                                                A rede globo apoiou.
E agora ela tenta descaracterizar os movimentos
Dizendo que o vandalismo
É o que há!...kkkk
Abaixo os monopólios dentre eles o das comunicações.
Será que no Brasil existe manipulação das informações
Ou “qualquer semelhança é mera coincidência”? ...KKKKKKKKKKKK...

        

sábado, 6 de julho de 2013

"Vista a minha pele"

“Vista a minha pele”
Gildo Alves Bezerra

Sei que minha pele
Estar cheia de marcas
Do tempo.
                 E do contra-tempo
                 Da dor e da alegria,
                 Do sofrimento
                 Do dia-a-dia.
Mas, não se apoquente.
Não pense como inocente.
Achando que o som
Que sairá de minha voz
Será de lamentos
E agonia.
             Sei que neste reino
             Do brilho.
             Há a escuridão
             Da injustiça e desigualdade social.
Mas, caminhamos nas marchas da cidadania.
Com brilho nos olhos e na pele.
Defendendo as políticas públicas.
Nas estradas da vida
Nos mares do sofrimento.
                 Sonhamos, sonhamos
                 Com estes belos momentos de democracia.