Andarilhos
Gildo Alves Bezerra
Você que em te vivência sua
ancestralidade.
E não percebe que teu presente
É a ausência de sua origem.
A mama África transforma-se em
mar de lágrimas.
Andar é bom
Mas, parar para perceber,
O seu SER.
Só ai ver
A diversidade Étinica-racial.
Assim, veremos o quanto o
Atlântico-Negro.
Mesmo tão presente em nós
Sua ausência nos transforma em
animal.
Desumano
Mano isso é nossa negação do
Humano.
SER HUMANO.
Oxalá! Pudéssemos ser MALUNGOS.
E nessa contradição do presente
sedentarismo
E nossa andança pelo interior.
Pudéssemos nos perceber nos
nossos companheiros
Excluídos neste Brasil inteiro
Pelos latifundiários da: terra,
da comunicação...
Eles negando nossa nação.
E nós abrimos estradas de cravos
vermelhos
Para esses doutores do mundo dos
horrores.
Desconstrutores do mundo dos
libertadores.
Mas, a escola da vida nos traz
lições.
Só não sabemos o quanto estamos
preparados
Para fazer a leitura do mundo.
Malungo o quanto somos responsáveis
pelo resurgimento dos conservadores
Para nossos eleitores?
Por que alguém resolveu
representar o infeliz papel de SENHOR?
Essas são algumas das
contradições!
O QUE FAZER?
“o pior cego é aquele que não
quer ver”!
Quem produz as riquezas?
Quem Produz e reproduz a
exclusão?
Ande pela linha verde
Não veja o verde
Veja a exclusão das habitações
desumanas
A miséria produzida por quem ao
povo engana!
Ande pelo seu mundo interior
Então, pergunte se vale a pena
alianças com o opressor.
Seja sedentário e nas estradas da
vida
Observe que não vale a pena
representar o papel de SENHOR!