sexta-feira, 8 de março de 2013

MUSSUCA

Mussuca
Gildo Alves Bezerra

 Sua escrita apresenta uma incerteza.
Não só de ortografia constrói-se poesia e melodia.
Mas, seu cenário é uma beleza.
Mesmo sendo fruto de uma injustiça.
A resistência cultural.
Os tornam quilombolas.
Sem igual.

A mama África tem representação sem igual.
No povo da Mussuca
Povo guerreiro de luta
Na resistência cultural.
O Atlântico negro se faz presente: na Religiosidade, no Samba de pareia, no São Gonçalo...
O som do tambor segue o pulsar do meu coração
Trazendo a emoção do meu ancestral.
Seja no ritual religioso dos terreiros
Tão perseguidos no Brasil inteiro
Nas danças
Beleza negra ao som do agogô, do pandeiro.
Oxalá! Possa demonstrar o que é realmente ser brasileiro.

Igualdade e justiça social possa algum dia
Ao cantar do galo.
Ser festejada
Aos belos ritmos ali existentes
E ao sabor de nossa feijoada.
Uma boa educação não seja só sonhada.
Mas, sim realizada.

Para sua população ser respeitada
E emancipada
Quando sua cultura for valorizada
E também suas condições de vida sejam melhoradas.

Para tudo isso acontecer às políticas públicas
Devem ser priorizadas:
Saúde, educação, saneamento básico, política de geração de emprego e renda, inclusão social etc.
Oxalá! Nossa comunidade possa saber e ver que existe igualdade e justiça social.
Mudando o cenário e roteiro.
Desse Brasil inteiro.

Nos causando orgulho de ser brasileiro
Ouvindo as vozes dos afro-brasileiros.
Sabendo que mama África estar presente em todos nós.
Vozes da Mussuca.
Nos conduz para nossa resistência cultural, essência, ancestralidade.
Nossa diversidade étnico-racial.




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