Representação
Gildo Alves Bezerra
Não posso dizer
A você o que fazer.
Mas, pretendo lhe dizer
Se você se dispuser
A me ouvir
É o que pretendo fazer.
Não sou o Marinheiro
Do mar revolto
Que busca o cais
Sem ver os sinais
Da direção do albatroz.
Não sou cantor
Nem poeta
Não tenho talento nem voz.
Nem tão pouco serei teu albatroz.
Mas, deveremos saber que o Brasil
É de todos
Nós.
Mas, a realidade pode ser representada
Para uma reflexão
Na paródia “vista a minha pele”.
Há uma dificuldade de perceber
O preconceito institucional
Que infelizmente não é só local
Mas, é nacional
E global.
Existe uma ausência
Mais ao mesmo tempo
Uma presença da “ignorância da diversidade”.
Ai, no mar revolto do papel
Devemos descobrir o que de albatroz
Existe em nós
Nós educadores.
Quais são os papeis
Que os educadores representam
Em terra de coronéis.
Quase cinquentenário
Vivo em um cenário
De exclusões: Racial, sociais, econômica, educacional.
Vejo em um livro: que “o passado tem relação ativa com o presente”.
Em nossa realidade a fonte é etnocentrismo
Que produz um racismo educacional
Manoel Bomfim
Um pensador local
Tão atual
Já dizia o que nos falta é investimento em “instrução pública”.
Por que tentam apagar nossa memória
Com a extrema valorização de patrimônio material.
Tentando a implosão de nossa memória
que é imaterial.
Como encontrar os albatrozes
Em nós.
No mar revolto
Capitalismo
Que prega o egoísmo,
O individualismo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário