Lembranças
de Meninos (as)
Gil do Alves Bezerra
Outrora nos mais belos frescores do amanhecer
Ao canto do Galo
Tecendo novos dias
Nas rendas da memória.
Mesmo em dias de tormentas,
Dos barris de pólvora e fuzil
O poeta já dizia – “Pai, afasta de mim
esse cálice”.
Mesmo na roda viva
A vida tinha um novo amanhecer.
Então, alguém dizia – “cale a boca”.
E as crianças respondiam
“cale a boca já morreu
Quem manda em manda em minha
Boca sou eu”.
As contradições sempre existirão em nossas ações.
Mas, que se abram as janelas da esperanças
Da igualdade e justiça social.
E que alguém já não invada
Os espaços de liberdade
Para censurar-te.
É triste perceber
Que existem tentativas
De manter “as vidas de
gado”.
Quando invade os limites do teu lar
Roubam-te toda comida, eletrodoméstico,
Até os registros da memória fotográfica de teus
filhos.
Principalmente este ultimo ponto lhe traz a dor.
Mas, não lhe leva o direito de pensar.
Tristes
tempos passado de tutelas civil-militar.
Alguém
jamais poderia imaginar
E aguentar
este retorno.
Só que
agora é “o fogo amigo”
A censurar
as suas memórias virtuais.
Mas,
como disse o poeta- “amanhã há de ser outro dia”.
Infectam teu corpo, teu aparelho eletrônico para te
dizer “cale a boca”.
Mal sabem eles que o vírus
Que me domina é da luta por justiça e igualdade
social.
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