sábado, 22 de junho de 2013

Não Façam ouvidos de Mercador.


As vozes que foram para ruas
Gildo Alves Bezerra

É a democracia
É a luta por igualdade e justiça social
Que só conseguiremos com políticas públicas: Transporte coletivo, Saúde,
Educação etc.
Mas, não as que temos sem qualidade social.
Todos querem no padrão FIFA.
          Todos? Não fiquem parados vocês que estão estaguinados nos podres espaços de poder.
           As vozes que saíram das ruas
          Não querem nem saber que vocês de todos podres espaços de poder
          Façam ouvidos de mercador.
           Vejam o mundo mudou
           Só você que quase tudo privatizou
           É quem estagnou.
Por que as gestões não são democratizadas?
Que bom que essas vozes saíram às ruas!
Mas, deveriam ser ouvidas no dia-a-dia.
Nos espaços horizontais de construções de políticas públicas.
Nós queremos políticas de Estado.
Não sejam surdos
Não queremos um Estado Privatizado.
Onde o povo fica abandonado
A própria sorte
E explorado.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

reflexão


Os perigos do discurso apartidário
Paulo Victor
 
Cores e símbolos dos partidos devem marchar livremente
Impossível atualizar a coluna esta semana e não escrever sobre as manifestações de rua que acontecem por todo o país. Porém, ao mesmo tempo em que expor a opinião sobre os atos desses últimos dias parece ser um dever, é também uma dificuldade enorme, afinal são inúmeros e bastante distintos os aspectos que poderiam e mereciam ser aqui discutidos.
Resolvi, portanto, escrever sobre o que mais tem me inquietado até aqui: alguns atos e posturas de repúdio à presença dos partidos políticos nas mobilizações.
Não me refiro ao já conhecido discurso dos meios de comunicação comerciais. Não é qualquer novidade que esses meios – que sempre “tomam partido” - atuem para que a sociedade aprofunde o seu caráter individualista, fragilizando ou até criminalizando a organização coletiva. Tratarei aqui de práticas que têm ocorrido no interior das próprias ações de rua, influenciadas, em certa medida, pelo próprio discurso midiático.
Em várias cidades, durante os atos públicos, não faltaram hostilidades a partidos políticos. Gritos de “Fora PT” ou queima de bandeiras e camisas do PSOL e PSTU foram (e estão sendo) bastante comuns nas atividades dos principais centros urbanos do país. Essas atitudes carregam um falso discurso de que o sucesso das mobilizações depende do seu caráter “apartidário”.
Se a motivação desses discursos e práticas é um descontentamento e crítica à diminuição da capacidade de mobilização social dos partidos – crítica e auto-crítica que devem ser feitas permanentemente -, ações como essas são bastante perigosas, pois podem despertar um sentimento autoritário e ditatorial de proibição da organização coletiva. Impede-se a presença dos partidos no primeiro momento, depois a participação de movimentos sociais, entidades estudantis e centrais sindicais, até mais a frente garantir-se a proibição de duas pessoas reunidas, tornando as ações cada vez mais individualizadas e as lutas cada vez mais individualistas.
Não podemos esquecer que o fechamento ou a ilegalidade dos partidos políticos sempre foi uma das principais marcas de regimes anti-democráticos. Uma das primeiras medidas de Hitler na Alemanha nazista e de Mussolini na Itália fascista foi a extinção dos partidos políticos.  Aqui no Brasil, em 1937, Getúlio Vargas também acabou com os partidos e, mais recente, a Ditadura Militar os colocou na ilegalidade.
Não podemos esquecer também que o discurso apartidário é um discurso contra a esquerda brasileira. Afinal, são os partidos de esquerda que, historicamente, têm as manifestações de rua como um método de reivindicação e luta por direitos. Ou seja, o discurso apartidário serve apenas aos grupos econômicos e políticos que desejam manter o status quo e que se veem ameaçados com qualquer possiblidade de mudança estrutural da sociedade.
Como disse acima, as críticas a qualquer partido político podem e devem ser feitas, bem como cabe aos partidos realizar de forma cotidiana e sincera a reflexão e a auto-crítica.
Porém os que se arvoram no discurso apartidário não podem ser injustos com a história e julgá-la apenas a partir das suas próprias aões. Antes de irmos às ruas, outros milhares de brasileiros e brasileiras foram às ruas, reivindicaram nas ruas. Muitos morreram reivindicando nas ruas. Ou melhor, para que hoje possamos ir às ruas foi fundamental a ação coletiva desses outros. E aqui não podemos negar: os partidos políticos foram essenciais para o processo de organização, articulação, mobilização e, principalmente, educação política desse povo que foi às ruas.
E mais: a centralidade dos partidos políticos para a transformação da realidade não foi superada. Ainda hoje são os partidos políticos – aliados às associações, coletivos, sindicatos, entidades estudantis, movimentos sociais e populares – que dão organicidade, capilaridade e consequência às ações de rua. São os partidos políticos que, junto aos demais agrupamentos listados acima, formulam e disputam projetos de sociedade e de país.
Por isso, a presença de bandeiras e camisas partidárias não deve ser encarada como uma ameaça à diversidade, pluralidade ou potencial das mobilizações, mas, por outro lado, deve ser reconhecida e afirmada.
Em Aracaju, amanhã (20) acontecerá um ato público semelhante aos que têm ocorrido por todo o país. Desejo que, diferente do que tem caracterizado algumas das manifestações em outras cidades, por essas terras as cores e símbolos dos partidos estejam marchando livremente junto aos trabalhadores e estudantes que estarão nas ruas.
No ato de amanhã, é desejável (e necessária) também outra postura da Polícia Militar de Sergipe que, diferente da polícia de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Distrito Federal, deve respeitar o direito à livre manifestação e não agredir nenhum trabalhador ou estudante.

Quem usa transporte coletivo VI?


– 15 de junho de 2013Publicado em: Artigos e Documentos, Notícias
Baner artigos estrela AEDiante das mobilizações contra os aumentos e pela reversão das tarifas do transporte coletivo em diversas cidades do país, a Direção Nacional da Articulação de Esquerda, tendência interna do Partido dos Trabalhadores, manifesta seu repúdio à repressão: a questão social não é caso de polícia e, portanto, não deve ser tratada dessa maneira. O direito à livre manifestação foi conquistado duramente e não podemos permitir que seja ameaçado.
A ação truculenta da PM-SP já virou rotina em toda e qualquer manifestação popular, o que reforça a necessidade de rever o modelo de polícia militarizada vigente no país e demonstra o autoritarismo do governo estadual e seu desprezo pelas demandas populares. Atos isolados de provocadores inconsequentes não podem servir de pretexto para a ação violenta dos órgãos de repressão, especialmente da Polícia Militar do estado de São Paulo, sob comando do governador Geraldo Alckmin (PSDB). 
Consideramos que frente às legítimas reivindicações de setores da população, cabe aos governos negociar. Neste caso, negociar na perspectiva de reverter o aumento das passagens e, principalmente, alterar os parâmetros que organizam o transporte público nas cidades brasileiras, que deve ser financiado cada vez mais coletivamente, pelos impostos, e não individualmente, pelos usuários, via pagamento de tarifas.
É importante lembrar que as manifestações das juventudes brasileiras dos grandes centros urbanos demonstram que a insatisfação com os transportes não se limita ao preço da tarifa. Constituem também uma reação contra um modelo que privilegia a lucratividade da iniciativa privada, que explora economicamente o direito fundamental de mobilidade, que é especialmente prejudicado nas regiões metropolitanas.
Para esquerda brasileira, em especial para o Partido dos Trabalhadores, estas manifestações devem servir como um alerta acerca do mal-estar existente nas juventudes, nos setores populares, nos grandes centros urbanos. Afinal, apesar do Brasil estar hoje muito melhor do que na era neoliberal e muito melhor do que estaríamos se os tucanos tivessem vencido as eleições de 2002, 2006 e 2010, ainda assim o país continua sendo brutalmente desigual.
Uma desigualdade que está presente na vida pessoal e na vida pública. O acesso à habitação, à saúde, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, à comunicação, ao transporte e, de maneira geral, o acesso a tudo aquilo que a vida urbana pode nos oferecer, ainda é distribuído de maneira totalmente desigual. A isto se agrega a violência, que atinge especialmente as periferias e os setores populares, inclusive por obra de uma polícia tantas vezes racista e brutal.
Também por isto, o PT deve enxergar nesta explosão de parcelas da juventude de nossas cidades não apenas um sinal de alerta, mas um sinal de vitalidade, um ponto de apoio fundamental para nós que desejamos prosseguir na obra que iniciamos em 1980 e que continuamos desde 2003.
Por isto dizemos aos nossos governos que negociem. Por isto propomos aos nossos parlamentares e militantes, que estejam presentes nas manifestações. Para defender o direito à mobilização, para isolar os provocadores e, principalmente, para apoiar a luta por uma vida melhor. Pois é a luta que faz a lei.
O papel de defender a ordem e o status quo é das forças da direita. A nós cabe lutar para ultrapassar os limites do possível. Por isto, nós do PT devemos ser os primeiros a dar um viva às manifestações e clamar para que não sejam passageiras.
Direção Nacional da Articulação de Esquerda

quinta-feira, 20 de junho de 2013

QUEM USA TRANSPORTE COLETIVO V?


A carroça lotação II
Gildo Alves Bezerra

Não é mole não.
Ver aumento nas tarifas das carroças lotação.
Falta legitimidade
Para qualquer majoração.
                      Qualidade no sistema de transporte de nossa cidade!
                      Existe não.
                      Aumento das passagens é mais exploração.
                      Nos oprime
                      E os aumentos representam mangação.
                      Quando não pensam na mobilidade de nossas cidades
                      De quem, a classe trabalhadora, que gera as riquezas de nossa nação.
Ainda, em época de são João aparece um falastrão.
Dizendo que concede redução.
Mas, a gente sabe que eles cedem à pressão da manifestação.
                       Quem vive para por em prática a privatização.
                       Da saúde , educação etc.
                       É piada dizer que está preocupado com nossa locomoção.
                       Seu rumo e norte é garantir cada vez mais lucro pro patrão.
Não venha com embromação.
Queremos é a licitação pública do sistema de transporte.
Com todos o respeito que merecem as carroças.
Somos transportados em carroças lotação.
                        A população merece respeito.
                        Não devemos ser transportados desse jeito.
                        E a mudança só com a licitação pública.