sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Quem busca a liberdade?


O Grito de Liberdade

Gildo Alves Bezerra

O grito não vem lá do alto

Nem tão pouco do planalto.

É construído na planície

No seu dia-a-dia de luta

Ou labuta contra as exclusões.

                 Representando e vivendo

                 Como carregadoras de sonhos

                 Carregando o sonho da igualdade e

                 Justiça social.

                 Sendo lutador (a) do povo

                 Fazendo tremer os torturadores.

“A solidariedade

Se torna um valor fundamental

Devemos entendê-la e desenvolvê-la

A partir de nossos interesses de Classe”.

                      “Os lutadores do povo, mesmo na dúvida,

                        Estão convictos de que é preciso lutar

                        E lutar para vencer”.

Mas, devemos saber

Se as conquistas por direitos

Alguém cede ou concede

Para você?

       O vôo da liberdade

       Das águias

       É o caminho para o grito de liberdade

      Contra a exclusão no litoral

      E sertão.

Essa exclusão tem cor e classe social

Nossa voz é a aliança

Entre o operário e o camponês.

                                                 Nossa voz vem do quilombo

                                                 De Palmares

                                                 Ou vozes da Mussuca

                                                 O grito de liberdade

                                                 com o grito de solidariedade       

                                                 Sonhando com nossos filhos

                                                 Na universidade.

Qual é a luta dos trabalhadores?

Os sonhos que carregamos são:

Da justiça, igualdade social,

a valorização profissional,

Socialização dos bens culturais.

Mas, a escola que temos é da exclusão.

                                        Exclui as batidas dos tambores

                                        O som do agogô.

Quem será o cão oportunista

Que sentará na cadeira vazia

Da ilusão deixada

Pela burguesia?

    

domingo, 22 de setembro de 2013

O exemplo da Revolução Cubana.


Revolução Cubana: Exemplo De Consciência

E LUTA PARA A AMÉRICA LATINA

Por Luis Eduardo Mergulhão Ruas *

A vitória da Revolução Cubana em Janeiro de 1959 representou um divisor de águas na história do nosso continente. A luta dos guerrilheiros da Sierra Maestra, comandada por Fidel, Raúl, Che e Camilo, combinada com um potente movimento popular urbano, pôs fim à ditadura de Fulgencio Batista (1952 a 1959) apoiada pelos EUA.           

A firme aplicação por parte do governo revolucionário de um projeto nacionalista, democrático e popular, com o protagonismo da classe trabalhadora, impediu a rearticulação das tradicionais classes dominantes aliadas ao imperialismo estadunidense, colocando a ilha diante da necessidade de avançar na construção do socialismo. Esse país, com poucos recursos naturais mas com um povo de luta, demonstrou ser possível construir uma sociedade mais justa frente ao bloqueio da maior potência do planeta, sem jamais ceder em seus princípios. Um deles, que marca toda a trajetória da Revolução Cubana, é seu profundo internacionalismo, marcado pelo apoio às lutas pela libertação em todo mundo, o abrigo a perseguidos pelas ditaduras latino-americanas e exportação de médicos e professores.           

É importante observar a independência e a soberania da ilha no manejo de sua política após a revolução, inclusive na relação com um aliado tão fundamental como a URSS. Isso fez do processo socialista cubano algo criativo e inovador em termos teóricos e práticos e capaz de resistir ao fim das experiências socialistas européias. O mundo pôde atestar o quanto uma revolução, fundada em valores refletidos na educação do seu povo, na soberania nacional e na permanente participação popular, preserva a dignidade mesmo frente a tantas dificuldades materiais.

A ilha caribenha soube se adaptar às novas condições internacionais sem ceder na fundamental do seu sistema econômico e político. Manteve seu formidáveis níveis de educação e saúde. Hoje, Cuba busca superar algumas contradições do seu modelo econômico que vinham se agravando, rediscutindo de forma profundamente crítica e democrática o socialismo necessário ao seu povo.

 

 

*Luis Mergulhão Ruas é professor de história e membro do Conselho da Associação Cultural José Martí – RJ.

Fonte: Livro Agenda 2014 do NPC – Núcleo Piratininga de Comunicação.                                                                                                                              

                                                          

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Vamos refletir?


Devolver a reflexão

Gildo Alves Bezerra

Quem se identifica com o “operário em construção”?

Quem é o camponês, o operário, o profissional que aprendeu a dizer não?

Quem te ensinou a liberdade,

A solidariedade,

O voou da águia,

O poder da compreensão,

Pra não ser Pedro pedreiro?

           E outros “profissionais da construção”

           Quem sempre espera o aumento

            Pra o mês que vem?

Pode ser “operário em construção”

Sem união?

Sem luta?

             Quem se identifica com o dizer não

             Do “operário em construção”?

Esse não

Representa a transformação.

Ninguém pode está em satisfação

Com a condição de ser galinhas!!!

                         Como aceitar o passado tão presente

                         Da casa-grande,

                         A nos oprimir?

                         A nos persuadir a não dizermos o NÃO?

 

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Eleve tua voz pra dizer não


Eleva tua voz

Gildo Alves Bezerra

Pra dizer tudo depende de nós.

Levanta tua voz.

Conduza-te pelo caminho da esperança

De tuas ações depende

O futuro de crianças.

                O individualismo

                É o cinismo

                Produzido pelo capitalismo;

É o fogaréu da exclusão;

É o desmoronamento de construções,

Que tentam se equilibrar morro acima.

                  Sem querer saber

                  Qual é tua sina,

                  A tragédia humana.

O eu exclui o nós

Produz a violência, a corrupção eleitoral,

As favelas, o preconceito etc.

O Brasil da exclusão.

                    Ainda, tentam negar as contradições

                    Com construções de ilusão:

                    “democracia racial”,

                      “Brasil mais justo”,

                      “democracia liberal”.

                        Privatizações.

Mais exclusões. De quem? Exclusões... exclusões!!! Luxo para os patrões.

 

        

          

 

 

           

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Qual é a independência que há no desfile escolar ou na parada militar?


Desfile Escolar?

Gildo Alves Bezerra

Ato de desfilar

Parada a escola estar

Ao seguir o modelo militar

Parada de não pensar.

      Desfilar:

      Marchar em filas;

      Marchar sucessivamente;

      Passarem uns após outros;

      Suceder-se.

Escolar:

Relativo à escola;

ESTUDANTE;

Aluno ou aluna de curso primário.

         Desfile escolar

         Não deveria ser relativo à escola;

         Ao estudante?

         E não seguir o modelo

         Da ditadura civil-militar

         Como antes?

Por que a escola permanece

Seguindo a forma e o conteúdo

Da ditadura civil-militar e empresarial?

          Afinal é ou não é desfile escolar?

          Qual é o conceito de escola?

          Mais grave é em governos ditos

          Democrático-popular

          Reproduzir o modelo militar!!!!

          Qual independência que há

          Quando a escola permanece a fazer parada militar?

          Mas, “qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência”. KKKKKK

Mas, qual é gestão das escolas?

O contexto mudou?

Por que não democratizar as relações sociais?

Quem são os generais?

            Quais são as políticas de Estado?

            Quais são as políticas públicas de Estado

            Principalmente para a juventude?

            Seguir o modelo opressor do Estado!!!

Será que a escola não continuar

a não relacionar

 texto com contexto?

A juventude demonstrou outra atitude

Durante as manifestações de rua.

Recentemente a atitude da mesma exigiu relações horizontais

Abaixo os desfiles, as paradas dos generais.

Abaixo a opressão, a repressão na educação.

Desfile escolar ou parada militar?

 

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

ABAIXO O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL


Implementação da lei 10.639/2003: abaixo o mito da democracia racial

Gildo Alves Bezerra

“(...) a memória coletiva é não somente uma conquista,

É também um instrumento e objeto de poder”.

Jacques Le Goff

 

No cenário de negação das condições de efetivação para a implementação das leis 10.639/03 e 11.645/2008. Faz sentido perceber o quanto a luta pela construção da memória coletiva é não só uma conquista, mas também instrumento e objeto de poder fundamentais na transformação do cenário de exclusão que os negros e índios estão submetidos. Faz mister perceber a educação na perspectiva que a cultura e o currículo como relações de poder.

Seguindo essa perspectiva servira para desconstrução do mito da democracia racial. Como nos diz Tomaz Tadeu da Silva “as relações sociais no interior das quais se realizam as práticas de significação não são simplesmente relações sociais; elas são mais do que isso: são relações de poder”. Então, em uma sociedade que segue um modelo etnocêntrico não pode negar que “os diferentes grupos sociais não estão situados de forma simétrica relativamente ao processo de produção cultural, aqui entendido como processo de produção de sentido”, (Silva). Portanto, A mudança na educação tirando de foco o eurocentrismo e colocando como protagonistas os negros e índios com a efetivação da educação para relações étnico-raciais novos cenários e atores aparecerão na construção de uma sociedade para igualdade social. Levando por terra o mito da democracia racial.

Então, é fundamental perceber a discriminação racial existente em nossa sociedade através do sistema de ensino:

“De fato, não se trata de um conflito entre indivíduos, mas entre o Estado e uma parcela significativa da população brasileira - ao menos metade dos brasileiros (as), segundo o IBGE. Ademais, tão ou mais importante do que punir comportamentos individuais, necessitamos de políticas públicas, políticas educacionais que assegurem eficácia ao princípio da igualdade racial”.

Mais do que punir, podemos e devemos prevenir. Mais do que combater a discriminação, devemos promover a igualdade.

Para a promoção da igualdade caberá aos sistemas de ensinos, às mantenedoras, à coordenação pedagógica dos estabelecimentos de ensino e aos professores, com base neste parecer, estabelecer conteúdos de ensino, unidades de estudos, projetos e programas, abrangendo os diferentes componentes curriculares. Caberá, aos administradores dos sistemas de ensinos e mantenedoras prover as escolas, seus professores e alunos de material bibliográfico e de outros materiais didáticos, além de acompanhar os trabalhos desenvolvidos, a fim de evitar que questões tão complexas, muito pouco tratadas, tanto na formação inicial como continuada de professores, sejam abordadas de maneira resumida, incompleta, com erros.

Entretanto, devemos refletir a partir da seguinte passagem contida nas Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais: “O sucesso das políticas públicas de Estado, institucionais e pedagógicas visando as reparações, reconhecimento e valorização da identidade, da cultura e da história dos negros brasileiros depende necessariamente de condições físicas, materiais, intelectuais, afetivas favoráveis para o ensino e para aprendizagens; Em outras palavras, todos os alunos negros e não-negros, bem como seus professores precisam sentir-se valorizados e apoiados”. Será que estamos fazendo um bom uso da arma que é a educação? Estamos exigindo que os administradores dos sistemas de ensino execute seu papel para a viabilização da educação para diversidade étnica? Não podemos transferir a responsabilidade pela implementação da educação para as relações Étnico-Raciais apenas para o estabelecimento de ensino e muito menos para apenas um professor de um componente curricular.

            Há dez anos que “o ensino de História da África tornou-se obrigatório no currículo escolar.  Materiais didáticos com conteúdo exclusivo de História da África, escrito por especialistas no assunto, têm sido desenvolvidos. No entanto, temos que nos perguntar o que os professores – especialmente os que têm mais tempo de profissão – já conhecem sobre, e o que esperam de um ensino de História da África”. A partir da assertiva anterior fica mais claro a necessidade que o poder público atenda a determinação do seu papel “caberá, aos administradores dos sistemas de ensinos e mantenedoras prover as escolas, seus professores e alunos de material bibliográfico e de outros materiais didáticos, além de acompanhar os trabalhos desenvolvidos (...)”.

 Vamos construir uma reflexão a partir da Obra de Fernando Sá, “Combates entre História e Memórias”, “(...) ao elaborar aquilo que deve se ‘memorável’ na sociedade, o discurso sobre a memória, seus usos e práticas, ocupa lugar proeminente nas diferentes teorias contemporânea, assumindo, inclusive, uma dimensão política muito forte para as chamadas minorias étnicas, mulheres, ambientalistas, homossexuais, no mundo atual, pois o passado revela não somente o que ocorreu, mas que o passado é constituído, em grande medida, pelos atores sociais em luta no presente, sendo modelado através de formas de erosão, esquecimento e invenções seletivas”.

 

            Vejam o que nos diz  A Revista Paulo Freire - É preciso contar outra versão da história:

PALMARES

A cultura e o folclore são meus

Mas os livros foi você quem escreveu

Quem garante que Palmares se entregou

Quem garante que Zumbi você matou

Perseguidos sem direitos nem escolas

Como podiam registrar suas glórias

Nossa memória foi contada por vocês

E por isso temos registrados em toda história

Uma mísera parte de nossas vitórias

É por isso que não temos sopa na colher

E sim anjinhos pra dizer que o lado mal é o candomblé.

 

Portanto, cabe a cada um de nos perceber qual é o papel que desempenharemos na construção de uma vida democrática ou se estamos satisfeitos com o cenário de discriminação produzido pelos entes da federação: Estado, município e governo federal.

Através dos seus sistemas de ensinos. Ou seguiremos o que nos ensinou dois grandes pensadores: “a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo”, NELSON MANDELA e “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”, PAULO FREIRE.

 

Por que será que durante muito tempo João Cândido teve como monumento apenas as pedras do cais? Como nos dizem os poetas João Bosco e Aldir Blanc:

“(...) Glória a todas as lutas inglórias

Que através da nossa história

Não esquecemos jamais!

Que tem por monumento

As pedras dos cais (...)”.

 

ABAIXO O MITO DA DEMOCRACIA RACIAL


Implementação da lei 10.639/2003: abaixo o mito da democracia racial

Gildo Alves Bezerra

“(...) a memória coletiva é não somente uma conquista,

É também um instrumento e objeto de poder”.

Jacques Le Goff

 

No cenário de negação das condições de efetivação para a implementação das leis 10.639/03 e 11.645/2008. Faz sentido perceber o quanto a luta pela construção da memória coletiva é não só uma conquista, mas também instrumento e objeto de poder fundamentais na transformação do cenário de exclusão que os negros e índios estão submetidos. Faz mister perceber a educação na perspectiva que a cultura e o currículo como relações de poder.

Seguindo essa perspectiva servira para desconstrução do mito da democracia racial. Como nos diz Tomaz Tadeu da Silva “as relações sociais no interior das quais se realizam as práticas de significação não são simplesmente relações sociais; elas são mais do que isso: são relações de poder”. Então, em uma sociedade que segue um modelo etnocêntrico não pode negar que “os diferentes grupos sociais não estão situados de forma simétrica relativamente ao processo de produção cultural, aqui entendido como processo de produção de sentido”, (Silva). Portanto, A mudança na educação tirando de foco o eurocentrismo e colocando como protagonistas os negros e índios com a efetivação da educação para relações étnico-raciais novos cenários e atores aparecerão na construção de uma sociedade para igualdade social. Levando por terra o mito da democracia racial.

Então, é fundamental perceber a discriminação racial existente em nossa sociedade através do sistema de ensino:

“De fato, não se trata de um conflito entre indivíduos, mas entre o Estado e uma parcela significativa da população brasileira - ao menos metade dos brasileiros (as), segundo o IBGE. Ademais, tão ou mais importante do que punir comportamentos individuais, necessitamos de políticas públicas, políticas educacionais que assegurem eficácia ao princípio da igualdade racial”.

Mais do que punir, podemos e devemos prevenir. Mais do que combater a discriminação, devemos promover a igualdade.

Para a promoção da igualdade caberá aos sistemas de ensinos, às mantenedoras, à coordenação pedagógica dos estabelecimentos de ensino e aos professores, com base neste parecer, estabelecer conteúdos de ensino, unidades de estudos, projetos e programas, abrangendo os diferentes componentes curriculares. Caberá, aos administradores dos sistemas de ensinos e mantenedoras prover as escolas, seus professores e alunos de material bibliográfico e de outros materiais didáticos, além de acompanhar os trabalhos desenvolvidos, a fim de evitar que questões tão complexas, muito pouco tratadas, tanto na formação inicial como continuada de professores, sejam abordadas de maneira resumida, incompleta, com erros.

Entretanto, devemos refletir a partir da seguinte passagem contida nas Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico-Raciais: “O sucesso das políticas públicas de Estado, institucionais e pedagógicas visando as reparações, reconhecimento e valorização da identidade, da cultura e da história dos negros brasileiros depende necessariamente de condições físicas, materiais, intelectuais, afetivas favoráveis para o ensino e para aprendizagens; Em outras palavras, todos os alunos negros e não-negros, bem como seus professores precisam sentir-se valorizados e apoiados”. Será que estamos fazendo um bom uso da arma que é a educação? Estamos exigindo que os administradores dos sistemas de ensino execute seu papel para a viabilização da educação para diversidade étnica? Não podemos transferir a responsabilidade pela implementação da educação para as relações Étnico-Raciais apenas para o estabelecimento de ensino e muito menos para apenas um professor de um componente curricular.

            Há dez anos que “o ensino de História da África tornou-se obrigatório no currículo escolar.  Materiais didáticos com conteúdo exclusivo de História da África, escrito por especialistas no assunto, têm sido desenvolvidos. No entanto, temos que nos perguntar o que os professores – especialmente os que têm mais tempo de profissão – já conhecem sobre, e o que esperam de um ensino de História da África”. A partir da assertiva anterior fica mais claro a necessidade que o poder público atenda a determinação do seu papel “caberá, aos administradores dos sistemas de ensinos e mantenedoras prover as escolas, seus professores e alunos de material bibliográfico e de outros materiais didáticos, além de acompanhar os trabalhos desenvolvidos (...)”.

 Vamos construir uma reflexão a partir da Obra de Fernando Sá, “Combates entre História e Memórias”, “(...) ao elaborar aquilo que deve se ‘memorável’ na sociedade, o discurso sobre a memória, seus usos e práticas, ocupa lugar proeminente nas diferentes teorias contemporânea, assumindo, inclusive, uma dimensão política muito forte para as chamadas minorias étnicas, mulheres, ambientalistas, homossexuais, no mundo atual, pois o passado revela não somente o que ocorreu, mas que o passado é constituído, em grande medida, pelos atores sociais em luta no presente, sendo modelado através de formas de erosão, esquecimento e invenções seletivas”.

 

            Vejam o que nos diz  A Revista Paulo Freire - É preciso contar outra versão da história:

PALMARES

A cultura e o folclore são meus

Mas os livros foi você quem escreveu

Quem garante que Palmares se entregou

Quem garante que Zumbi você matou

Perseguidos sem direitos nem escolas

Como podiam registrar suas glórias

Nossa memória foi contada por vocês

E por isso temos registrados em toda história

Uma mísera parte de nossas vitórias

É por isso que não temos sopa na colher

E sim anjinhos pra dizer que o lado mal é o candomblé.

 

Portanto, cabe a cada um de nos perceber qual é o papel que desempenharemos na construção de uma vida democrática ou se estamos satisfeitos com o cenário de discriminação produzido pelos entes da federação: Estado, município e governo federal.

Através dos seus sistemas de ensinos. Ou seguiremos o que nos ensinou dois grandes pensadores: “a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo”, NELSON MANDELA e “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”, PAULO FREIRE.

 

Por que será que durante muito tempo João Cândido teve como monumento apenas as pedras do cais? Como nos dizem os poetas João Bosco e Aldir Blanc:

“(...) Glória a todas as lutas inglórias

Que através da nossa história

Não esquecemos jamais!

Que tem por monumento

As pedras dos cais (...)”.