domingo, 22 de setembro de 2013

O exemplo da Revolução Cubana.


Revolução Cubana: Exemplo De Consciência

E LUTA PARA A AMÉRICA LATINA

Por Luis Eduardo Mergulhão Ruas *

A vitória da Revolução Cubana em Janeiro de 1959 representou um divisor de águas na história do nosso continente. A luta dos guerrilheiros da Sierra Maestra, comandada por Fidel, Raúl, Che e Camilo, combinada com um potente movimento popular urbano, pôs fim à ditadura de Fulgencio Batista (1952 a 1959) apoiada pelos EUA.           

A firme aplicação por parte do governo revolucionário de um projeto nacionalista, democrático e popular, com o protagonismo da classe trabalhadora, impediu a rearticulação das tradicionais classes dominantes aliadas ao imperialismo estadunidense, colocando a ilha diante da necessidade de avançar na construção do socialismo. Esse país, com poucos recursos naturais mas com um povo de luta, demonstrou ser possível construir uma sociedade mais justa frente ao bloqueio da maior potência do planeta, sem jamais ceder em seus princípios. Um deles, que marca toda a trajetória da Revolução Cubana, é seu profundo internacionalismo, marcado pelo apoio às lutas pela libertação em todo mundo, o abrigo a perseguidos pelas ditaduras latino-americanas e exportação de médicos e professores.           

É importante observar a independência e a soberania da ilha no manejo de sua política após a revolução, inclusive na relação com um aliado tão fundamental como a URSS. Isso fez do processo socialista cubano algo criativo e inovador em termos teóricos e práticos e capaz de resistir ao fim das experiências socialistas européias. O mundo pôde atestar o quanto uma revolução, fundada em valores refletidos na educação do seu povo, na soberania nacional e na permanente participação popular, preserva a dignidade mesmo frente a tantas dificuldades materiais.

A ilha caribenha soube se adaptar às novas condições internacionais sem ceder na fundamental do seu sistema econômico e político. Manteve seu formidáveis níveis de educação e saúde. Hoje, Cuba busca superar algumas contradições do seu modelo econômico que vinham se agravando, rediscutindo de forma profundamente crítica e democrática o socialismo necessário ao seu povo.

 

 

*Luis Mergulhão Ruas é professor de história e membro do Conselho da Associação Cultural José Martí – RJ.

Fonte: Livro Agenda 2014 do NPC – Núcleo Piratininga de Comunicação.                                                                                                                              

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